Aluízio Valle – Professor 

Pintor, cenógrafo e professor de pintura. Trabalhou num estaleiro nos começo de sua vida, o que se refletiu nos perfis de barcos, cais e portos, estaleiros e beiras de praia que estão presentes em sua obra. Cursou na antiga ENBA – Escola Nacional de Belas Artes no RJ, onde foi aluno de artistas famosos tais como Marques Júnior, Augusto Bracet e Rodolpho Chamberlland, participou de vários salões pelo Brasil, inclusive o Salão Nacional de Belas Artes, de 1934 onde obteve menção honrosa entre outros prêmios e medalhas, inclusive prêmio de viagem do Salão Nacional de Belas Artes. Anos mais tarde foi um dos fundadores da AFBA e lecionou pintura durante vários anos na Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA. Foi considerado um dos mais célebres incentivadores da arte e da cultura fluminense e das artes plásticas em Niterói, onde faleceu em 1988.

Bráulio Poiava – Professor 

Paisagista, marinhista, professor e pintor. Integrou o Núcleo Bernardelli que estava voltado para a pintura ao ar livre, em detrimento do trabalho confinado nos ateliês. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro, onde teve aulas com Paulo Mazzucchelli. Posteriormente matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes, tendo sido aluno de Rodolfo Chambelland. Foi patrono da AFBA, professor na Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA e fez parte do Núcleo Bernardelli e da mostra que o grupo promoveu no ano seguinte, no Rio de Janeiro. Em 2007 a Prefeitura de São Gonçalo prestou-lhe homenagens quando reinaugurou a Casa das Artes. 

Bustamante Sá – Professor

Durante quase toda a sua carreira praticou uma pintura figurativista, de paisagens, naturezas-mortas e figuras humanas. Mais tarde incursionando pelo abstracionismo informal, estudou na Escola Nacional de Belas Artes, com Rodolfo Amoedo e Rodolfo Chambelland. Em 1931 foi um dos fundadores do Núcleo Bernardelli. Em 1950-52 Residiu na Europa, devido à premiação ganha em salão. Em Paris, frequentou a Académie Julian. Rubem Fortes Bustamante Sá foi associado da AFBA, professor titular da EFBA e da Associação Brasileira de Desenho e do Instituto Nacional de Surdos, no Rio de Janeiro. Faleceu em 1988 no Rio de Janeiro.

Cadmo Fausto – Professor

Tornou-se conhecido por suas obras clássicas sobre episódios da história do Brasil. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes, possui obras nos acervos de importantes museus tais como do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e no Palácio do Planalto em Brasília. Foi patrono, membro associado da AFBA e professor da EFBA. O nosso atual presidente Ricardo Barradas é um grande admirador da obra e da trajetória de Cadmo Fausto e se dedica a muitos anos ao estudo e a pesquisa do trabalho deste grande artista brasileiro. Barradas diz: “Hoje quando alguns artistas contemporâneos utilizam-se das plataformas numismáticas para intervenções, variações e mesmo alegorias sobre o papel moeda, talvez muitos deles não conheçam o pioneirismo disto por Cadmo Fausto Souza, que já realizou a algumas décadas passadas.” Cadmo Fausto faleceu em 1983 no Rio de Janeiro.

Edgard Parreiras – Professor

Influenciado pelo impressionismo, essencialmente paisagista, foi um artista fiel a tradição acadêmica de ter o desenho como base fundamental dos seus trabalhos. Iniciou seus estudos de pintura com seu tio, o renomado professor e pintor Antônio Parreiras. Em 1908 viajou a Paris com o tio e matriculou-se na Académie Julian, onde teve aulas com Jean-Paul Laurens. Regressa ao Brasil em 1911 e participa da 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, no LAOSP (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) com muitos artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Participou regularmente das Exposições da ENBA de 1913 a 1939. No ano de 1928, faz da parte do Grupo Almeida Júnior – SP. Tem obras suas em importantes museus e coleções no Brasil e no Exterior. Foi fundador, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA em Niterói, no Rio de Janeiro, durante muitos anos até 1964, data de seu falecimento.

Gerson Azeredo Coutinho – Professor

Pintor e Arquiteto formado pela Escola Nacional de Belas Artes e aluno de Henrique Bernardelli. Praticou o figurativismo em marinhas, paisagens e pessoas, com um realismo perto do naturalismo. Possui verbete sobre sua biografia e obras no Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos do MEC. Participou de inúmeras exposições coletivas no exterior, como na Europa e nos EUA, San Francisco e Nova York. O MNBA Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, possui em seu acervo de obras de grandes mestres da pintura brasileira alguns trabalhos de sua autoria, principalmente paisagens do Estado do Rio de Janeiro. Foi premiado no Salão Nacional de Belas Artes de 1934, 1935, 1936 e 1941, assim como no Salão Paulista de Belas Artes de São Paulo nos anos 1940,1941, e 1943. Foi professor da EFBA e membro associado da AFBA, seu nome e assinatura consta na ata de fundação da entidade. Faleceu em 1967 no Rio de Janeiro.

Jayme Aguiar  – Professor

Pintor, desenhista, viveu e pintou em Portugal, Espanha, França e Itália. Fez estágio nesses países devido ao Prêmio de Viagem ao Exterior ganho no Salão Nacional de Belas Artes no RJ. Discípulo de Edson Motta na Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras. Foi associado da AFBA e professor na Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA. O atual presidente da AFBA, Ricardo Barradas foi amigo, incentivador e apreciador dos trabalhos do artista, e assim disse em uma de suas crônicas sobre a arte de Jayme, Barradas diz: “A pintura de Jayme Aguiar traz a calmaria das cores tênues e a simplicidade dos traços perfeitos e exatos como é próprio em toda bucólica natureza”.

Pedro Campofiorito – Professor

Arquiteto, decorador, cenógrafo, pintor e professor de artes plásticas, nascido em Roma, estudou no Instituto de Belas Artes em Roma (Itália) e frequentou o estúdio de Zeferino da Costa no Palácio do Papa Julio II, auxiliando o mestre nos projetos de decoração para a Igreja da Candelária do Rio de Janeiro. Veio para Brasil em 1899, a convite de Zeferino da Costa, para lecionar na Escola de Belas Artes do Pará, em Belém. Nessa cidade, fundou e decorou o Salão Paraense de Belas Artes, e trabalhou como decorador das grandes festas religiosas e populares. Em 1913, mudou-se para o Rio de Janeiro e fixou-se em Niterói. Naturalizou-se brasileiro em 1938 e tornou-se funcionário público da Secretaria de Obras Públicas de Niterói. Atuou como membro fundador da AFBA, professor da EFBA e como diretor do Museu Antonio Parreiras (MAP), em 1942. Trabalhou e residiu durante os últimos anos de sua vida em Niterói, onde faleceu em 1945. 

Raul Deveza – Professor

Pintor, cenógrafo e decorador. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios, Rio de Janeiro. Teve aulas com J. Santos e Isaltino Barbosa, e na Escola Nacional de Belas Artes, Enba, com Batista da Costa. Em 1920, foi para Paris, onde estudou na Académie Julian e trabalhou para a Revista Rio-Paris. Foi membro de júri do Salão Nacional da ENBA, Salão Bahiano de Belas Artes, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes no RJ, durante muitos anos. Possui obras em várias importantes coleções no Brasil e no Exterior. Faleceu em 1952 em Manaus, AM.

Ado Malagoli – Artista

Pintor, desenhista, muralista e restaurador. Cursou artes decorativas na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, onde foi aluno de Giuseppe Barchita. Entre 1922 e 1928, cursou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), onde estudou com Enrico Vio. Foi artista membro da AFBA, onde expôs suas obras. Freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes e participou da fundação do Núcleo Bernardelli, em 1931 no Rio de Janeiro. Em 1942, recebeu, no 48º Salão Nacional de Belas Artes – SNBA, o prêmio de viagem ao exterior, e foi para os Estados Unidos, onde permaneceu por três anos. Cursou história da arte e museologia no Fine Arts Institute, da Universidade de Colúmbia, e organização de museus no Brooklin Museum. Ao retornar ao Brasil, fixou-se em Porto Alegre. Ingressou como professor de pintura no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Viveu em Porto Alegre até sua morte em 1994.

Bruno Pedrosa – Artista

Consagrado artista plástico cearense. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes e fez viagens pelo interior do Brasil e países da América do Sul. Ganhou a medalha de prata, com desenho, por sua participação no Salão Nacional de Belas Artes. Estabeleceu contato com muralistas mexicanos, como David Alfaro Siqueiros e realizou exposições individuais de seus desenhos em Buenos Aires, Nova Iorque e Cidade do México. Esteve entre os artistas da Escola Fluminense de Belas Artes EFBA por volta de 1968. Em 1994, iniciou o trabalho com esculturas em cristal de Murano, que o levou a estar presente no Corning Museum de Nova Iorque, no Museu de Arte en Vidrio de Alcorcón (MAVA) em Madri, e no Ebeltoftmuseet na Dinamarca. Bruno é um artista versátil: pinta, faz trabalhos em vidros (cristais de Murano), esculturas em bronze, mármore e argila. A obra de Bruno Pedrosa é conhecida mundialmente pela beleza e pelas cores vivas que se entrelaçam como se fossem corpos em movimentos. Nisto está o destaque da arte de Pedrosa: entender a linguagem das cores e interpretá-las em diferentes suportes, tela ou vidro. 

Raimundo Cela – Artista

Pintor, desenhista, gravador, estudou no conceituado Liceu Cearense onde recebeu o diploma de bacharel em Ciências e Letras. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de janeiro, como aluno livre. Teve por mestres Zeferino da Costa em modelo vivo, e Eliseu Visconti e Batista da Costa em pintura. Participou do Salão da Escola Nacional de Belas Artes e conquistou a Pequena Medalha de prata. No ano seguinte, recebe o cobiçado Prêmio de Viagem ao estrangeiro. Na Europa, estudou gravura com Frank Brangwyn, pintor, gravador e litógrafo inglês. Lecionou gravura em metal na Enba. Realizou a primeira mostra individual em 1945, no Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, no Rio de Janeiro. São temas constantes em sua produção as paisagens, os tipos populares e o trabalho de vaqueiros e pescadores de sua terra natal (Sobral, Ceará). Foi membro associado da AFBA, frequentou a Escola Fluminense de Belas Artes, onde expôs diversas vezes. Faleceu em Niterói em 1954.